Por causa de sua decisão de não competir de forma profissional, o australiano cria confusão e dúvidas sobre os pilotos oficiais de Borgo Panigale.
Nesta segunda-feira (30/01), no Circuito Internacional de Sepang, Malásia, começaram os testes oficiais do Campeonato Mundial de Motovelocidade, quando as equipes iniciam os trabalhos de preparação e ajustes das máquinas que vão nos encantar durante a temporada 2017 do certame. Porém, apesar da “dança das cadeiras” nas equipes e das novas tecnologias embarcadas nas motos de GP, um fato nos chama atenção: Por que Casey Stoner (#27) não volta a competir de forma profissional, limitando-se a ser piloto de testes da Ducati Corse?
Vamos lá… O australiano é Bicampeão Mundial pela classe MotoGP, tendo conquistado o título em 2007 pela Ducati e em 2011 pela Honda, números que o colocaram no panteão dos grandes vencedores da categoria máxima do motociclismo esportivo. Porém, alegando sua vontade de passar mais tempo com a família (mulher e filha) e por estar “descontente” com os rumos esportivos que o campeonato tomou, Stoner se reservou ao direito de apenas “testar” as Ducatis oficiais, além de participar de eventos promocionais da marca italiana.
Até aí tudo bem… Stoner tem sim o direito de não querer voltar às pistas para concorrer ao título, mas, com um “piloto de testes” de tão alto nível, a Ducati acaba criando confusão e dúvidas a respeito de seus representantes oficiais, inclusive propagando um marketing bastante negativo neste início de temporada. Explicamos: Hoje, durante os primeiros testes, Stoner (1m59s680) foi o mais rápido na pista de Sepang, superando inclusive Andrea Dovizioso (1m59s797) e Jorge Lorenzo (2m01s349), seus companheiros de box. Para a Ducati isso é muito ruim, primeiro porque Andrea Dovizioso (#04) já foi exposto a um enorme desgaste no ano passado, após ser envolvido em uma polêmica com Andrea Iannone, que resultou na saída deste último da equipe. Segundo porque Jorge Lorenzo (#99), o piloto contratado para esta temporada como grande estrela na equipe italiana, ficou apenas com o 17º tempo desta segunda-feira, declarando-se “surpreso” por estar tão aquém dos melhores tempos.
Para sair dessa saia justa, a Ducati poderia adotar a seguinte postura: Ou coloca uma terceira moto no grid, com Stoner disputando corridas e mostrando o quanto a moto de Borgo Panigale é competitiva na luta pelo título, ou “demite” o australiano, evitando a ira dos “Ducatistis” (fanáticos torcedores da Ducati) e o sorriso amarelo de seus pilotos oficiais, que não sabem explicar porque o “piloto de testes” é (tão) mais rápido do que eles. Tudo bem que hoje foi apenas o primeiro dia de ajustes e a tendência é que as coisas fiquem mais equilibradas, mas a Ducati poderia evitar mais essa polêmica…
Fonte: MotoGP
Fotos: Divulgação/MotoGP
Por Rubens Junior, em 30/01/2017
3 Comments
bida
1 de fevereiro de 2017 at 04:17Demitir o Casey Stoner, para que a ducati precisa da ajuda dele?
Bugiganga
1 de fevereiro de 2017 at 15:10A Ducati precisa da ajuda dele para “ajustar” a moto, porque tem que ser bom piloto e bom “ajustador”, para isso tem que ter uma sensibilidade muito grande para passar as impressões da moto para os engenheiros e mecânicos…coisa que só um piloto experiente e “bom acertador” de motos consegue.
Dedicated servers
3 de agosto de 2017 at 03:18Com 14 anos, Casey Stoner e seus pais concordaram que ele estava pronto para subir a categorias mais altas e correr de forma competitiva.