Como foram os testes da MotoGP em Phillip Island

17 de fevereiro de 2017 Competições, Notícias, On-Road 0 comments 256

Espanhol Maverick Viñales pode aparecer como o grande nome da categoria máxima esse ano.

Nesta semana (15, 16 e 17/02) foi realizada a segunda etapa de testes pré-temporada da classe MotoGP, em Phillip Island, na Austrália. Com boas condições e um clima com temperaturas frias, os pilotos puderam exigir mais de seus equipamentos, dando uma prévia de como pode ser o desenrolar da temporada 2017 do certame.

Maverick Viñales (#25), o novo companheiro de Valentino Rossi na equipe Movistar Yamaha, pode aparecer como o grande nome da categoria máxima esse ano, pois além de ter sido o mais rápido nos testes de Sepang (Malásia) e Valência (Espanha), emplacou o topo da tabela de tempos também em Phillip Island, colocando-se como o mais veloz também nos dois últimos dias de trabalho e concluindo com sua melhor marca em 1m28s549 nos tempos combinados.

Marc Márquez (#93), o tricampeão mundial pela Repsol Honda, foi o segundo mais rápido nos tempos combinados, com 1m28s843, mostrando que a máquina da “marca da asa” está “muito bem, obrigado”. Sem dúvida, o também espanhol Márquez vai defender seu título nesta temporada e poderá reviver suas batalhas contra Viñales em um nível muito mais elevado em 2017.

Dani Pedrosa (#26) confirmou que a equipe oficial Honda já inicia o ano de olho nas primeiras posições, conquistando o Top 3 do teste em Phillip Island na marca de 1m29s033. Mais um espanhol que chancela seu passaporte para concorrer ao título máximo do motociclismo, feito ainda inédito para o “Pequeno Samurai”.

Talvez ainda seja um pouco cedo para uma análise, mas quem se destacou como melhor estreante na categoria MotoGP até aqui foi Jonas Folger (#94). Apesar de ter sofrido um pequeno acidente, o piloto alemão da Monster Yamaha Tech 3 fez um incrível 1m29s042, permanecendo à frente do vencedor do GP australiano em 2016, o britânico Cal Crutchlow (#35), da LCR Honda. O companheiro de equipe de Folger, o bicampeão de Moto2 Johann Zarco (#5), terminou os testes com um 1m29s670, na 15ª colocação nos combinados.

O espanhol Alex Rins (#42), da Suzuki Ecstar, ficou com a sexta posição na geral, seguido pelo italiano do time oficial Ducati Andrea Dovizioso (#04), o sétimo melhor. Porém, os holofotes estão voltados para o companheiro de Dovizioso… Todos esperam que o maiorquino Jorge Lorenzo (#99) entre na briga pelo título esse ano, trazendo a glória novamente à casa de Borgo Panigale. O problema é que Lorenzo vem tendo problemas para se adaptar à Desmosedici. Tomara que o “Espartano” consiga ajustar o equipamento e se adequar até o dia 10 de março, quando ocorrem os últimos testes pré-temporada, pois sempre é bom ver mais um piloto com condições de brigar na frente, ainda mais com o histórico de três campeonatos mundiais na bagagem: “Hoje demos um importante passo à frente para entender melhor a moto, enquanto meus tempos de volta melhoraram muito. Vencer no Qatar? Sem as asas… não estou certo disso”, disse Lorenzo ao fim dos testes.

Jack Miller (#43), da Estrella Galicia 0,0 Marc VDS, ficou com a nona melhor marca, cravando 1m29s358 com sua Honda, seguido do Top 10 Aleix Espargaró (#41), da Aprilia Racing Team Gresini. Já Valentino Rossi (#46), da Movistar Yamaha, disse: “Fizemos muitas alterações, mas sem resolver muito. Não estou satisfeito e estamos longe no momento, devemos trabalhar para nos aproximarmos de Márquez e Viñales”. Rossi, que completou 38 anos ontem (16/02) não teve muito o que comemorar, mas o “velhinho” não vai desistir da busca pelos seu décimo título mundial, vamos acompanhar.