Segunda etapa do Mundial de MotoGP foi marcada por erros de procedimento, manobras arriscadas e atitudes destemperadas de Marc Márquez.
Neste domingo (08/04), o britânico Cal Crutchlow (#35), da LCR Honda, venceu a caótica prova realizada no autódromo de Termas de Río Hondo, na Argentina. A segunda etapa do Mundial de MotoGP foi marcada por erros de procedimento, manobras arriscadas e, para completar, atitudes destemperadas de Marc Márquez (#93), da Repsol Honda, que ao final da corrida se envolveu em outro incidente com o nove vezes Campeão Mundial Valentino Rossi (#46), da Movistar Yamaha.
O certame começou com as condições climáticas instáveis, que pareciam favorecer o pole position Jack Miller (#43), da Pramac Ducati. Miller conquistou a posição de honra no sábado (07/04), após utilizar pneus de pista seca em um momento onde a maioria dos pilotos apostou nos compostos para pista molhada. Como a direção de prova decretou a corrida sob chuva, todos os pilotos foram para o grid com pneus de pista molhada, menos Miller.
Conforme a pista começou a secar, os 23 pilotos, com exceção do australiano da Pramac, entraram para os boxes para trocar a moto por outra com os pneus de pista seca. Assim, criou-se a seguinte situação, segundo a regra: deveriam os pilotos largarem do pitlane, enquanto Miller, que optou por permanecer no grid, largaria da posição original. Essa atitude do australiano serviu para que as outras equipes que mudaram de ideia (todas!) não ganhassem vantagem sobre o pole, gerando uma enorme confusão.
Após a decisão final, aconteceu a seguinte situação: os demais competidores largaram três filas atrás do primeiro colocado, dando a Miller uma pequena vantagem na hora em que as luzes vermelhas se apagaram, protagonizando uma cena curiosa. Mas, a confusão começou mesmo quando a largada estava finalmente prestes a ser dada e a moto de Marc Márquez parou de funcionar. Neste caso, ele deveria ter recolhido para os boxes e largar do pitlane. Em vez disso, Marc fez a moto pegar no tranco e retornou para sua posição de sexto colocado, fazendo a uma “contramão” no meio do grid. Devido a essa atitude, Márquez foi punido com um ride thru, quando o piloto precisa cruzar o pitlane respeitando a velocidade limite. Isso fez com que ele, que era primeiro após a primeira volta, caísse para 19ª colocação.
A partir daí, o espanhol da Repsol Honda começou a “escalar” o pelotão de forma agressiva, pressionando os rivais com “empurrões” e achando que seus pedidos de desculpas seriam suficientes para evitar as punições dos diretores de prova. Quando estava em sétimo, encontrou Valentino Rossi pela frente, mas, na hora da ultrapassagem, forçou tanto sobre o italiano que e o jogou no chão, para a ira do piloto da Movistar Yamaha. Por todas essas atitudes, Márquez foi punido com 30 segundos, que se somaram ao tempo total de prova. O espanhol ainda tentou ir nos boxes da Yamaha para conversar com Valentino, mas foi praticamente expulso de lá pelos profissionais que trabalham com o italiano. Com a punição, Marc fechou a prova em 18º. Apesar da queda, Rossi conseguiu levantar a moto e terminar em 19º.
Com a corrida em andamento, o desenrolar aconteceu com um pequeno pelotão dianteiro formado por quatro pilotos: Jack Miller, Alex Rins, Johann Zarco e Carl Crutchlow. O quarteto se revezou nas primeiras posições conforme completavam as voltas, mas bastava que um dos pilotos do grupo errasse um pouco na pista molhada para que os outros três o superassem. E foi o que aconteceu, com Miller cometendo um grande erro e acabando fora da briga. Com o pelotão reduzido a três competidores, Crutchlow assumiu a ponta, mas não demorou muito para que Zarco fizesse a ultrapassagem. Porém, ao final, o britânico da LCR deu o troco e retomou a posição na penúltima volta, resistindo às investidas do francês para garantir a sua primeira vitória na temporada 2018.
Resultado da Segunda Etapa do Mundial de Motovelocidade 2018:
- Cal Crutchlow GBR LCR Honda (RC213V)40m 36.342s
- Johann Zarco FRA Monster Yamaha Tech3 (YZR-M1)40m 36.593s
- Alex RinsESP Suzuki Ecstar (GSX-RR)40m 38.843s
- Jack Miller AUS Pramac Ducati (GP17)40m 40.732s
- Maverick Viñales ESP Movistar Yamaha (YZR-M1)40m 51.283s
- Andrea Dovizioso ITA Ducati Team (GP18)40m 58.875s
- Tito Rabat ESP Reale Avintia (GP17)40m 59.368s
- Andrea Iannone ITA Suzuki Ecstar (GSX-RR)41m 0.263s
- Hafizh Syahrin MAL Monster Yamaha Tech3 (YZR-M1)*41m 0.653s
- Danilo Petrucci ITA Pramac Ducati (GP18)41m 2.345s
- Pol Espargaró ESP Red Bull KTM Factory (RC16)41m 7.364s
- Scott Redding GBR Factory Aprilia Gresini (RS-GP)41m 8.233s
- Takaaki Nakagami JPN LCR Honda (RC213V)41m 8.794s
- Franco Morbidelli ITA EG 0,0 Marc VDS (RC213V)41m 18.403s
- Jorge Lorenzo ESP Ducati Team (GP18)41m 18.616s
- Álvaro Bautista ESP Angel Nieto Team (GP17)41m 18.967s
- Thomas Luthi SWI EG 0,0 Marc VDS (RC213V)41m 19.692s
- Marc Marquez ESP Repsol Honda (RC213V)41m 20.202s
- Valentino Rossi ITA Movistar Yamaha (YZR-M1)41m 28.424s
- Karel Abraham CZE Angel Nieto Team (GP16)41m 40.286s
- Xavier Simeon ESP Reale Avintia (GP16)41m 46.486s
Bradley Smith GBR Red Bull KTM Factory (RC16) Não completou
Aleix Espargaró ESP Factory Aprilia Gresini (RS-GP) Não completou
Dani Pedrosa ESP Repsol Honda (RC213V) Não completou
Classificação do Campeonato Mundial de Motovelocidade 2018 (Top 10):
- Cal Crutchlow GBR LCR Honda (RC213V) – 38 pontos
- Andrea Dovizioso ITA Ducati Team (GP18) – 35 pontos
- Johann Zarco FRA Monster Yamaha Tech3 (YZR-M1) – 28 pontos
- Maverick Viñales ESP Movistar Yamaha (YZR-M1) – 21 pontos
- Marc Márquez ESP Repsol Honda (RC213V) – 20 pontos
- Jack Miller AUS Pramac Ducati (GP17) – 19 pontos
- Danilo Petrucci ITA Pramac Ducati (GP18) – 17 pontos
- Valentino Rossi ITA Movistar Yamaha (YZR-M1) – 16 pontos
- Alex Rins ESP Suzuki Ecstar (GSX-RR) – 16 pontos
- Andrea Iannone ITA Suzuki Ecstar (GSX-RR) – 15 pontos
A próxima etapa do Mundial de Motovelocidade será realizada no dia 22 de abril, em Austin (Texas), nos Estados Unidos. Para acessar o calendário completo do MotoGP 2018 clique aqui
Fonte: MotoGP
Fotos: Divulgação/MotoGP
Por Editoria Moto Channel Brazil, em 08/04/2018
2 Comments
Luciano
9 de abril de 2018 at 14:21Tirando as presepadas da direção da prova, prejudicando Miller e claramente favorecendo todas as outras escuderias, as barbeiragens de MM voltando o Dick Vigarista de antes como se precisasse, achei pouco ele ser expulso da garagem da Yamaha devia ter tomado um corretivo dos bons para ver se cria juízo, num esporte tão intenso e de alto risco de vida “brincar” de correr de um jeito tipo Road Rash não tem graça nenhuma, merecia uma prova de expulsão.
Em tempo, o que salvou foi a disputa ferrenha entre os quatro lá na frente de quatro marcas diferentes, muito bacana mesmo e com jogo limpo na força e chassi das motos e técnica dos pilotos!
Luciano Londero
10 de abril de 2018 at 10:08MM com atitude totalmente anti etica e anti profissional. Mas tem muitas aguas para rolar até a última prova de 2018!