Jorge Lorenzo na Ducati e Maverick Viñales na Yamaha são os grandes destaques dos testes pós-temporada 2016.
Nesta terça-feira (15/11), os pilotos da classe MotoGP iniciaram os primeiros testes pós-temporada 2016, já utilizando as novas “montarias” para o próximo ano. A dança das cadeiras foi intensa, revelando alterações significativas até nas equipes oficiais, com destaque para Jorge Lorenzo (#99), que saiu da Yamaha Movistar e iniciou suas atividades com a Ducati oficial de fábrica, e para Maverick Viñales (#25), jovem revelação que deixou a Suzuki Ecstar para ser companheiro de Valentino Rossi (#46) no time dos “três diapasões”. Como de costume, os testes estão sendo realizados na mesma pista do fim da temporada, no Circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha).
Abaixo, a lista com os 23 pilotos já definidos em novas equipes para a temporada 2017 do MotoGP:
#04 / Andrea Dovizioso / Itália / Ducati Team / Ducati – O italiano permanece na Ducati para a temporada 2017, tendo Jorge Lorenzo como seu novo como seu novo companheiro de time e tentando se firmar como piloto de ponta. Dovizioso tem a seu favor o fato de ser escolhido para “ficar” na equipe – em vez de Andrea Iannone (#29), que foi para a Suzuki – e a uma vitória conquistada este ano.
#99 / Jorge Lorenzo / Espanha / Ducati Team / Ducati – Grande expectativa sobre o desempenho do espanhol Jorge Lorenzo em sua nova casa. Lorenzo sai da Yamaha oficial, equipe pela qual correu por nove anos, e inicia uma nova fase em sua vitoriosa carreira – Campeão Mundial 2006 e 2007 na classe 250 cc e 2010, 2012 e 2015 na MotoGP.
#25 / Maverick Viñales / Espanha / Movistar Yamaha / Yamaha – Outro espanhol, Viñales é uma jovem promessa que vem obtendo ótimos resultados na categoria rainha do motociclismo mundial, inclusive conquistando uma vitória este ano com a Suzuki, feito que não ocorria para a fabricante japonesa desde 2007. Vamos ver como ele se sai com uma das motos mais competitivas do campeonato.
#46 / Valentino Rossi / Itália / Movistar Yamaha / Yamaha – O “Doutor” continua na próxima temporada, após ficar com o vice-campeonato deste ano. Valentino Rossi persegue seu décimo título mundial (o oitavo na categoria MotoGP), podendo encerrar a carreira no final de 2017. Vamos acompanhar se o italiano terá fôlego para disputar corridas em condições de igualdade contra talentos mais jovens, que inclui nomes como Marc Márquez e Maverick Viñales, e contra o arqui-rival Jorge Lorenzo, agora de Ducati.
#38 / Bradley Smith (Inglaterra) e #44 / Pol Espargaró (Espanha) / Red Bull KTM / KTM – A dupla que era da Monster Yamaha Tech 3 em 2016 se muda para a estreante Red Bull KTM Factory Racing. A nova equipe que integra o Campeonato Mundial de Motovelocidade terá de desenvolver sua moto ao longo da temporada 2017 e ainda é uma incógnita sobre como poderá ser seu desempenho até o início do próximo ano.
#5 / Johann Zarco (França) e #94 / Jonas Folger (Alemanha) / Monster Yamaha Tech3 / Yamaha – Já a Monster Yamaha Tech3 optou por trazer dois pilotos da categria de base (Moto2) para seu plantel. O francês Johann Zarco (#5) foi Campeão Mundial na classe Moto2 (600 cc) e terá sua chance de iniciar a carreira entre os grandes. Já o alemão Jonas Folger (#94) foi o sétimo na temporada 2016 da mesma categoria, alternando bons e maus momentos.
#93 / Marc Márquez (Espanha) e #26 / Dani Pedrosa (Espanha) / Repsol Honda / Honda – A dupla da Repsol Honda continua a mesma, com o Tricampeão Mundial Marc Márquez (#93) em plena ascensão e com Dani Pedrosa (#26) desmentindo boatos sobre sua aposentadoria. A preocupação da “marca da asa” é com o bom desempenho da RCV213V, de olho na concorrência.
#35 / Cal Crutchlow / Inglaterra / LCR Honda / Honda – O britânico Crutchlow fez uma temporada suprema, com o feito inédito de vencer dois Grandes Prêmios este ano (República Tcheca e Phillip Island). O problema de Crutchlow é a instabilidade, pois o piloto alterna momentos de extremo talento com resultados pífios por conta de quedas e abandonos.
#29 / Andrea Iannone (Itália) e #42 / Alex Rins (Espanha) / Suzuki Ecstar / Suzuki – Andrea Iannone também venceu este ano, quando faturou o Grande Prêmio da Áustria, mesmo assim a Ducati achou por bem dispensá-lo, fato que gerou desconfiança no meio motociclístico, uma vez que muitos jornalistas e o público em geral o achavam mais combativo do que o compatriota Andrea Dovizioso (#04), que permaneceu defendendo o time de Borgo Panigale. A Suzuki GSX-RR vem melhorando a cada corrida e essa mudança poderá revelar um Iannone ainda mais competitivo em 2017. O espanhol Alex Rins (#42) vem da classe Moto2, sendo o Top 3 da categoria em 2016.
#43 / Jack Miller (Austrália) e #53 Tito Rabat (Espanha) / Marc VDS / Honda – Sob condições de intensa chuva, o australiano Jack Miller (#43) também venceu uma corrida este ano, em Assen (Holanda), mas ainda tem uma longa jornada a fazer com sua Honda “satélite”, assim como o espanhol Tito Rabat (#53). Ambos buscam melhorar seus desempenhos e o ajuste das máquinas da equipe de Marc van der Straten.
#8 / Hector Barberá (Espanha) e #76 / Loris Baz (França) / Avintia Racing / Ducati – O espanhol Barberá (#8) vem se destacando, pois mesmo com uma Ducati “ano anterior” colheu bons resultados na temporada 2016. Assim como o companheiro de equipe, o francês Loris Baz (#76), que também vem andando bem, apesar de ter sofrido dois grandes sustos este ano, um no início da temporada, com a explosão de um pneu, e outro no Grande Prêmio da Inglaterra, quando foi envolvido em um impressionante acidente com Pol Espargaró.
#9 / Danilo Petrucci (Itália) e #45 / Scott Redding (Inglaterra) / Octo Pramac / Ducati – Os pilotos da Octo Pramac Ducati também entraram para o panteão dos heróis em 2016, com atuações brilhantes a bordo de seus também “defasados” modelos. O italiano Petrucci (#45) chegou a andar na frente das Ducatis oficiais na pré-temporada, mas um acidente lesionou sua mão no início do certame, o que prejudicou a recuperação de seu desempenho ao longo do ano. O britânico Redding também evoluiu de forma significativa e merecia uma moto melhor em 2017.
#22 / Sam Lowes (Inglaterra) e #41 / Aleix Espargaró (Espanha) Aprilia Racing / Aprilia – A Aprilia ainda não se acertou na classe MotoGP, com uma moto no mínimo sofrível para uma equipe oficial de fábrica. Agora, a fabricante italiana – pertencente ao Grupo Piaggio (o mesmo da Vespa) – aposta no britânico Sam Lowes (#22), conhecido por suas inúmeras quedas, e no espanhol Aleix Espargaró (#41), que vai para a nova casa com um gosto amargo na boca, após sair da Suzuki (equipe que está em um bom caminho de desenvolvimento).
#17 / Karel Abraham (Rep. Tcheca) e #19 / Álvaro Bautista (Espanha) Aspar Team / Ducati – Karel Abraham retorna a MotoGP depois de uma temporada ruim no Campeonato Mundial de Superbike. O tcheco é conhecido pelos “investimentos” financeiros que pode injetar na equipe em que está, o que é um alento para Álvaro Bautista (#19), que já competiu por equipes oficiais e que também amarga uma certa decadência em sua carreira.
Acesse o calendário 2017 do Campeonato Mundial de Motovelocidade aqui.
Fonte: MotoGP
Fotos: Divulgação/MotoGP
Por Editoria MCB, em 16/11/2016
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