A falta de um autódromo que possa suprir as exigências de segurança e toda a infraestrutura necessária para a organização do evento são os dois principais fatores.
Muitos leitores nos perguntam por que o Mundial de Motovelocidade, o MotoGP, não realiza uma etapa no Brasil? O primeiro ponto a ser abordado é o local: Em qual autódromo poderíamos realizar uma corrida de motocicletas de alto nível sem colocar em risco a segurança dos pilotos? Hoje nem todos os circuitos brasileiros são homologados pela Dorna – Promotora e Organizadora do MotoGP – e a maioria das pistas disponíveis no Brasil não oferecem a segurança (área de escape ou traçado adaptado para a prática de motociclismo) necessária aos grandes nomes da modalidade e seus contratos milionários.
Porém, não é só a falta de segurança que inviabiliza a vinda do MotoGP ao Brasil. Pistas como Goiânia (Goiás) e Curvelo (Minas Gerais) já receberam o aval da Dorna para a realização das corridas do Mundial em solo nacional, mas esses dois autódromos carecem de infraestrutura, tais como áreas para montagem de todo “circo” do MotoGP, bem como arquibancadas, camarotes, centros de hospitalidade, restaurantes e até rede hoteleira compatível com a demanda turística no entorno do autódromo. Essas instalações são indispensáveis para receber pilotos, equipes e torcedores com o mínimo de conforto e mobilidade.
Ainda assim, poderíamos pensar em Interlagos, com sua “famosa” Curva do Café, que apesar das reformas dificilmente seria aprovada pela Dorna e pela IRTA (International Road Racing Teams Association – órgão desportivo que cuida das regras e da segurança na motovelocidade mundial), ou um novo autódromo no Rio de Janeiro.
Aproveitando o tema, esse projeto do autódromo do Rio de Janeiro já começa como um verdadeiro fiasco, pois mesmo que seja liberada a obra pelos órgãos ambientais (que embargam o empreendimento por anos consecutivos), o local onde se pretende construir é um dos piores do Estado, tanto em termos de localização quanto ao fato de não haver infraestrutura pronta (hotéis/restaurantes), criando outro “elefante branco” na cidade. Além disso, aquela área é conhecida por ser uma das mais violentas da região, por conta das comunidades no entorno e das ocorrências frequentes entre traficantes de drogas e outros delitos.
Resumindo: A falta de um autódromo que possa suprir as exigências de segurança e toda a infraestrutura necessária para a organização do evento são os dois principais fatores pelos quais o Campeonato Mundial de Motovelocidade não é realizado no Brasil.
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Fonte: Moto Channel Brazil
Fotos: Divulgação
Por Rubens Junior
11 Comments
Rodrigo Cesar
13 de abril de 2017 at 23:35Uma Duvida o Circuito de Interlagos é anti Horário. E se por ventura deixar o traçado no sentido horário?
Marco Aurélio de Souza Alves
17 de abril de 2017 at 21:58A temos autódromo para ter as corrida dá MotoGp.Interlagos tem sim condições de receber as corrida é só adpita a pista colocar mais proteção porque recebe o campeonato Brasileiro de moto porque não pode receber a MotoGp.
Moto Channel Brazil
18 de abril de 2017 at 11:16Porque para a Federação Internacional de Motociclismo (FIM), para a Dorna e para a IRTA, que são as entidades que podem dar o sinal verde para a realização de uma prova da MotoGP no Brasil, Interlagos NÃO oferece a segurança necessária para os pilotos. Veja que a Federação Internacional de Motociclismo NÃO é a Federação Paulista de Motovelocidade, há uma grande diferença…
Luciano
27 de julho de 2017 at 16:26Não realiza uma prova da WSBK com as motos produzidas em série, o q dirá da MotoGP com seus protótipos que ultrapassam os 340 km/h!
Rafael Brandão
12 de novembro de 2017 at 12:05Não concordo com questões de infraestrutura, pois quem conhece Termas de Rio Rondo sabe que não há rede hoteleira e hospitalar para um evento desta natureza. É uma deficiência grotesca, porém o mundial ocorre lá.
Moto Channel Brazil
12 de novembro de 2017 at 12:23Infra estrutura próxima ao autódromo…
Mateus
17 de junho de 2018 at 09:59Resumindo, não pode haver corrida no Brasil, por causa dos problemas que assolam a população a anos, infraestrutura e segurança!!!
Marcio Rosa
3 de agosto de 2018 at 20:03Caros, li a matéria e respeitosamente discordo totalmente do exposto! Não por “achismo”, conforme conteúdo do texto…
Fatos: Ali foram disputadas várias competições Olímpicas e desafio a todos aqui, a trazerem informações (reportagens, estatísticas oficiais…) sobre contundentes violências, conforme quer insinuar a matéria com relação a violência no local, ocorridas no entorno e nos acessos a época da realização dos Jogos.
Outro ponto: Foi noticiado a intenção da Dorna com os demais interessados em “tocar” o projeto na área citada. Então nós “somos os expertos” e eles são os “tolinhos” em relação aos riscos de um empreendimento destes no mundo dos negócios?
Fonte:
https://sportv.globo.com/site/eventos/mundial-de-motovelocidade/noticia/dorna-assina-protocolo-de-intencoes-para-motogp-voltar-ao-rio-de-janeiro-em-2021.ghtml
Ademais, já ouvi em transmissões do Guto Neijain & Fausto Macieira comentarem sobre o deslocamento deles do hotel para o circuito. Quais os circuitos europeus tem infraestrutura na porta? Citem aí?
Só para lembra-los: A Transolímpica + a Av. Brasil liga o importante centro hoteleiro e de serviços da Barra da Tijuca ao local do futuro acesso por via expressa onde se deslocaram um número enorme de turistas, durante os Jogos olímpicos com conforto e segurança.
Precisamos é de matérias isentas e não opiniões pessoais…
Moto Channel Brazil
5 de agosto de 2018 at 14:21Claro, só não queira nos convencer que Deodoro é uma boa, pois não é. Durante os Jogos Olímpicos, praticamente policiais de todos os cantos do Brasil (Força Nacional inclusive) estavam no Rio para fazer a segurança do entorno e, aos olhos do público e do mundo, tudo transcorrer na mais perfeita ordem. Lembramos que não haverá um aparato de segurança desse nível durante qualquer corrida. Outrossim, sabemos que muitas vezes os órgãos oficiais são “experts” sim em maquiar a real situação para os não-nacionais, vide o histórico do Sr. Sérgio Cabral e Cia, onde estão as UPPs? Não eram exemplos e cases de sucesso? A Transolímpica é insegura e a AV. Brasil meu nobre Márcio está sucateada… e abandonada. Não damos aqui opiniões de A ou B, mas apuramos os fatos e sabemos a realidade em que vivemos. Obrigado.
Tarik Torrezan
31 de março de 2019 at 11:58Eu acho incrível só ter Interlagos no estado de SP, será que não há público para mais um circuito internacional ou em Campinas ou em Sorocaba ou até no Vale do Paraíba??
ANTÔNIO ALVES
13 de abril de 2019 at 16:00Os donos da MotoGP não vê retorno nem contrapartida dos envolvidos. Goiânia em 1987 não tinha 10% da infraestrutura de hoje e fez 3 etapas